sábado, 30 de outubro de 2010

Encontro de Ex-Alunos da Escola Técnica Federal / CEFET / IFET

Um dia desses nós d’O BERRO fizemos uma reunião. Na pauta, tinha a pauta da semana. Depois de muito assunto decidimos que tínhamos que fazer um texto sobre o encontro dos ex-alunos da Escola Técnica Federal / CEFET / IFET que fez parte da comemoração dos 15 anos da instituição.

Como o tempo hoje em dia é muito corrido, não pude fazer isso antes, então, uma semana depois é que veio começar a ser escrito algo.

O interessante é que a história d’O BERRO se confunde com o início da história daquela instituição. Surgimos lá com aquele sentimento juvenil de querer mudar o mundo, de querer levar informação pros alunos, de berrar as injustiças que víamos naquela instituição, no Brasil e no mundo como todo (nas edições antigas que serão postadas poderemos confirmar isso, principalmente nas capas).

O encontro do ex-estudantes da escola foi tranqüilo. Compareceu uma quantidade razoável de pessoas, todos carregando no semblante um negócio chamado saudosismo. Eu mesmo me vi percorrendo cada espaço daquele...

Começou com uma chuva depoimentos. Barroso foi o primeiro chorão, mas em sua fala, sustentou bem as lágrimas. Mas, não se conteve quando foi citado nos depoimentos dos ex-alunos, todos reconhecendo a importância daquele gigante na manutenção da Escola e na formação dos alunos. Não é que Barroso tivesse, assim, uma forma pedagógica de educar, mas cada estrondo verbal, cada xingamento e cada ação brusca daquele homenzarrão foram transformados e reconhecidos, com o tempo, em valores morais e sinônimo do que realmente é amor pela profissão e por toda uma instituição.

Mas, deixando de chorumelas, o grande show man foi o magnífico CAGECE (ex-Junior) que relembrou momentos, imitou professores e fez uma bela homenagem a professora Carmen, falecida há pouco tempo.
Perto do fim, a professora Cieusa também falou. Incrivelmente (e eu não sei porque), disse no microfone que O BERRO dava um trabalho danado e eu também... Ora mais, essa eu não entendi. Eu que era o aluno mais exemplar da quadra de basquete e o colaborador d’O BERRO que só escrevia poeminha, apois...

Pudemos ver muitos rostos que marcaram aqueles bons tempos (uns bonitinhos e outros nem tanto). Quanta saudade! Saudade das conversas, das pracinhas, da quadra de basquete, da cantina, das andorinhas que cagavam tudo, inclusive nosso lanche, dos gatos ariscos que moravam perto do auditório (que por sinal foi reinaugurado essa semana com uma estrutura moderníssima), do cheiro de guardado do auditório, dos funcionários, dos professores (mas não de suas aulas), da cadelinha faísca, dos movimentos, dos ônibus lotados, dos cururus, dos extintores secando, da minha farda e da coisa mais inesquecível daqueles tempos: o cuscuz com galinha de Barroso! Aliás, quem não comeu daquele cuscuz???

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Imagens ao vivo do trânsito em Juazeiro

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Rodapé # 01

"Em um trabalho escolar eu escrevi 60 em algarismos romanos com 6 ‘X’. Aí, eu parei em sessenta mesmo porque vi que não ia caber os 100 ."

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O que é o Rodapé d’o BERRO

Quando O BERRO saía na versão impressa, colocávamos nos rodapés das páginas frases proferidas pelos mais geniais pensadores deste planeta. Com o passar do tempo, foram acrescidas frases proferidas pelos mais geniais filósofos humoristas que fazem parte do nosso cotidiano - o detalhe é que eles não sabem que são humoristas!

Agora, na versão virtual, pensamos em um novo nome para esta coluna: mas não encontramos, até o momento, nada mais genial. Sendo assim, essa será a primeira vez na nova história virtual do planeta que serão usadas notas de rodapé como postagens de um blog.

E uma sugestão muito importante: não saia repetindo essas loucuras por aí!

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Tempos de Romaria


Foto: Alejandro Zambrana (publicada no site: http://itabi.infonet.com.br/trocandoideias/?p=969

É período de romaria em Juazeiro do Norte. Andando um pouco por aí, percebe-se a grande roda da economia girando, tanto no comércio formal como no informal. Milhares de pessoas nas ruas se confundem com a mais diversa sorte de camelôs e barracas de bugigangas. Com tanta gente em peregrinação e oração nas ruas nos vem a certeza que esta cidade possui um grande potencial turístico e religioso.

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Discurso: ETFCE Uned, Cefet Cariri e agora Ifet, sabe-se lá Deus que nome ainda vão dar

Pelo que podemos perceber, as mudanças aqui são constantes, e não se restringem apenas ao novo nome. Mas mesmo que a entrada tenha mudado, que algumas diretrizes tenham sido modificadas, que alguns rostos conhecidos já não estejam mais aqui, é impossível entrar nesse lugar e não ser tocado pela nostalgia e por uma interjeição comum a todos nós: “como era bom!!!”.

É como se por algumas horas reassumíssemos a nossa condição de atores em um filme que tem como protagonista essa escola, esse Centro, ou Instituto como queiram alguns. Cada um tem o seu espaço de memória particular, no que poderíamos chamar de “Vale a pena reviver de novo”. Essa imensa estrutura que hoje aniversaria, nos proporcionou um cotidiano que se repetiu por muitos e muitos anos. Tornou-se, enfim, o nosso espaço de sociabilidade, onde construímos laços fraternos que duram até hoje.

Mesmo que cada um tenha seguido às bifurcações que essa vida nos oferece – como tem sido a ordem natural das coisas desde sempre – ainda assim os laços não se enfraqueceram. Lógico que alguns artifícios nos permitem isso: como o uso de Orkut, MSN, Twitter, facebook entre outras redes sociais, que por mais que pareçam banais, em alguns momentos têm lá sua utilidade.

Hoje voltamos aqui para celebrar um momento especial, 15 anos, do que alguns de nós conhecemos como ETFCE-Uned (é, realmente estamos ficando velhos!), que passados alguns anos foi rebatizada com o nome de CEFET Cariri, e mais recentemente, IFET.

Mas não é o nome o que importa, pois por mais que o mudem e que modifiquem as estrutura, o que vai contar de verdade não é o que podemos enxergar, mas o que sentimos. É a metafísica o que torna difícil passar pelos corredores, pelas quadras, pela cantina e demais blocos e lugares e não ser tocado por um mesmo sentimento comum a todos: a saudade.

Sentimento esse que nos moveu até aqui, além da possibilidade de reencontrar pessoas que durante muito tempo fizeram parte de momentos não apenas importantes, mas principalmente muito felizes de nossas vidas. Os vigilantes, o pessoal dos serviços gerais e Administrativos, ex-alunos, grandes ex-professores, todas essas pessoas que diariamente encontrávamos pelos corredores, e com quem conversávamos e trocávamos experiências de vida.

Muitos foram os bons momentos. Particularmente, sinto-me muito honrado de ter feito parte da equipe de basquetebol da Escola Técnica Federal, e mais orgulhoso ainda por ter sido treinador da equipe feminina em competições locais e em uma edição do JETEC em Fortaleza, quando a equipe feminina foi vice-campeã e tivemos uma de nossas atletas eleita como a melhor atleta da competição, muita felicidade para todos nós.

São muitas as lembranças. Eu selecionei duas: uma triste e uma que seria trágica se não tivesse se tornado cômica. Por ordem, vamos primeiro a triste, e ela se deu em dessas viagens para competição em fortaleza, quando antes de uma partida de basquete, Barrosão nos deu a triste notícia de que não tinha conseguido a sua vaga para cursar mestrado há tanto perseguido e desejado. Lamentamos junto com ele, e naquele momento ele me deu lição, que guardo até hoje, quando disse: “Macho véi, a vida é isso, mas ano que vem tem de novo e eu vou fazer, eu quero” palavras exatas e que ficaram gravadas. Anos depois ele conseguiu o que tanto perseguia, e de aspirante a Mestre, tornou-se agora aspirante a Doutor...PhD, resumindo, será o Fodão.

Agora a parte que teria sido trágica se não tivesse se tornado cômico: nessa mesma viagem, Barrosão, pregou o que pra mim se tornou o maior trote e mico e vergonha a que um aluno poderia ser submetido. O trote se deu antes do café da manhã, quando ele, juntamente com outras pessoas me pegaram para jogar na piscina, e por mais que eu pedisse, até pelo amor de Deus, pois eu não sabia nadar, não teve jeito, com essa cara simpática que ele tem, olhou pra mim e disse: você vai por bem ou por mal, mas voce vai. Resultado mais que óbvio: fui jogado na piscina, que até então eu não sabia ser rasa; só que para mim, naquele momento de desespero, angústia e pânico ela parecia bem mais funda, e no desespero de tentar sair daquela piscina e por não saber nadar, comecei a gritar por socorro... quando ouvi a voz do Barrosão à beira da piscina bolando de rir e gritando: fica em pé, macho véi, a piscina é raza... Bom depois disso foi levantar-me e agüentar a zombaria do pessoal que durou muito tempo e para alguns até hoje. (Adendo: Já sei nadar, então se tiver pensando em tirar alguma onda, não vou pagar mico dessa vez).

Nessa escola, desculpem o saudosismo e a relutância em chamar esse espaço de Instituto, é coisa de saudosista eu admito, mas ainda acho o conceito de escola um pouco mais abrangente do que o Instituto, que para mim, soa mais como um nome de hospital, como ia dizendo, aqui me foi dada a oportunidade de fazer as melhores e mais sólidas amizades que eu tenho até hoje, além dos amigos-irmãos d’O Berro e do basquete, tenho bons amigos entre professores e funcionários.

Enfim, esse é um espaço mágico, no qual tudo acontece e onde tudo é possível, e por mais que mudem o seu nome, a essência é eterna e a áurea que o envolve permanecerá por muitos e muitos anos, séculos, milênios, oxalá para que tudo assim aconteça.

Xico Fredson!

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O BERRO está de volta!

É isso mesmo! Até pra mim que estou escrevendo este texto parece uma coisa inacreditável. O renascimento d’O BERRO não poderia ser em melhor hora. (Usando aquele velho jargão) Como uma fênix que renasce das cinzas, quase sem querer, O BERRO ressurge num momento bom de nossas vidas, pois Os Berro São Five já não são mais aqueles adolecescentes estudantes da Escola Técnica Federal. Hoje somos pais de famílias, artistas plásticos, cineastas, poetas, historiadores, designers e mais um bocado de coisas que poderíamos citar, com a disponibilidade de tempo não tão grande como nos tempos do ensino médio.

Apesar das marcas do tempo em nossos rostos e em nossas experiências de vida (minha filha mais nova teima em esculhambar essa digitação bulindo no mouse e no teclado!!), ainda trazemos conosco boa parte daqueles sentimentos que nos impeliam como a vontade de levar informação, entretenimento e arte através de nossas ações, contribuindo de alguma forma, para melhorar o mundo que nos cerca. O desafio agora é conseguir tudo isso com aquela mesma irreverência, bom humor e pitada de indignação daqueles velhos tempos...

Outro momento especial: amanhã é o dia do encontro dos ex-alunos da Escola Técnica Federal, que passou a ser chamada de CEFET e agora se chama IFET. Na oportunidade serão comemorados os 15 anos de existência da instituição. Coincidentemente, esse mês de outubro (pausa pra secar o xixi de Iara Fernanda) ... (retomando) nós comemoramos 14 anos de lançamento da 1ª edição do Informativo O BERRO.

Há uns dois anos que estamos nos reunindo e discutindo a volta d’O BERRO. Sempre com um projeto mirabolante em mente para o relançamento (ainda temos o plano de vencer a Rede Globo), sempre esbarrávamos em algumas dificuldades, até que finalmente alguém teve a brilhante ideia de relançar O BERRO como um blog do blogspot. Mais simples impossível!

Mas, mesmo com toda essa simplicidade, estamos felizes e empolgados com tudo isso.

Então é isso velhos amigos fiéis leitores e os novos também, aos poucos vamos incrementando esse espaço aqui, mudando o layout, fazendo fírulas... Vamos resgatar algumas coisas boas do passado d’O BERRO como edições antigas, fotos e depoimentos de algumas pessoas que nos adoravam e outras que nos odiavam (se é que elas já superaram essa mágoa – rsrs). Coisas novas também terão espaço por aqui, é claro! Esperamos também receber muitas colaborações.

Parabéns amigos berristas (Reginaldo Farias, Luís André Bezerra, Xico Fredson e Ythallo Rodrigues): nosso sonho está se realizando. Parabéns Escola Técnica Federal e parabéns pra mim também!