sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Inquietações!!!

Quem sou eu?
Poderia ser uma página em branco?
Um segredo guardado entre as páginas
De um livro?
As declarações de amor escritas nas últimas
Folha do caderno?
Um quadro vermelho que arde em chamas?
Um mundo em desordem ?
Uma construção inacabada?
O caos?
Poderia ser um fragmento de um poema,
Escrito por Fernando Pessoa?
Um soneto de Vinicius de Moraes?
Ou apenas um nativo em Pasárgada?
Quem sou eu?
Poderia ser aquela poesia que lhe invade o sono
E fica sussurrando palavras estranhas ou períodos completos
Em seu ouvido?
Poderia ser o medo de enxergar o óbvio, quando já é tarde de mais?
Poderia ser o arrependimento?
Poderia ser aquele lugar onde nunca dá tempo chegar?
Quem sou eu?
História?
Poema?
Mito?
Conto de fadas?
Lenda?
Heródoto talvez?
Ythallo Rodrigues quem sabe?
Osíris?
Um dos sete anões?
Lancelot?
Quem sou eu?
Apenas uma inquietação?
Uma pergunta que não cala?
Um travessão talvez?
Um hífen?
Uma caneta sem tinta?
Um corpo em ebulição?
Uma mente brilhante em curto circuito?
Uma angústia contida?
Uma frase presa entre os dentes?
Uma transgressão?
Um beijo guardado entre os lábios?
Quem sou eu?
Quem somos nós não seria a pergunta mais apropriada?
Quem sois vós, algum dia vos despistes diante do altar de vossa alma?
Quem são eles que cultuam o que não conhecem?
Que confusão é essa?
Que medo é esse?
Que ansiedade é essa em saber, em conhecer, em viver?
Que musica é essa?
Que bebida é essa?
Café?
Cicuta?
Whisky?
Cerveja?
Cachaça?
Todas ao mesmo tempo?
Absinto, quem sabe?
Que ressaca é essa?
Seria eu a imagem do verbo transitivo direto,
Que não precisa de (pré)posição?
Seria um verme no meio do queijo?
Seria eu o que não aparece na tevê?
Seria eu o que incomoda a estética?
Seria eu o número sete na Bíblia?
Seria eu o alfa e o omega?
Seria eu a criatura que abandona o abismo para seduzir a pobre humanidade?
Seria eu o que causa nojo quando tem o nome pronunciado?
Seria eu o som das trombetas?
Fausto ou Mefistófeles?
Quem sabe eu sou Mefistófeles e todos vocês Faustos iludidos com
O conforto e a vida que pensam ter?
Quem sabe onde estão as respostas?
Na Bíblia?
No Alcorão?
Na Cabala?
No Tarô?
Nas Runas?
No Aurélio?
Nas Rimas?
Ricardo Reis?
Álvaro de Campos?
Drummond?
Manuel Bandeira?
Qual será o nome da Rosa?
Gandhi?
Maomé?
Cristo?
Caronte?
Prometeus?
Shakespeare?
Tao Te King?
Será que Confúcio me entenderia ou será que ele me ignoraria?
Ficaria confuso?
Em pânico como estou agora?
Que emaranhado de perguntas é esse?

Quem sou?
De onde venho?
Pra onde vou?
Com quem vim?
O que vim fazer aqui?
Aonde vão me levar?
Onde estão os anjos?
Onde está a luz?
Onde estão as respostas?
Onde estão todos?
O fim!
As sombras!
Cessam perguntas!
O silêncio!
Eu não aguento mais...
Que venha o fim,
Que venha a paz do silêncio,
Que venha enfim a última frase,
E que o verbo me deixe em paz,
Amém!!!

Xico Fredson!

A Ythallo Rodrigues e Elvis Ermano

Um comentário:

  1. Pronto. Agora entrou mais um na minha lista de idolos.
    Depois do meu amozin, da Nega e de Harlon, agora tem tbm tu Fredson.

    Massa.

    Xero

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