sábado, 25 de junho de 2011

Até quando?

Centenário de Juazeiro do Norte # 73

Seguindo a comemoração do Centenário de Juazeiro do Norte, aproveitamos o momento para levantar outra questão que provavelmente tenha valor muito mais religioso para os fiéis que anualmente vêm à cidade participar do turismo reiligioso, trata-se da Reabilitação do Padre Cícero (digo provavelmente porque, para os romeiros, não mudaria muito a situação de fato, pois como eles dizem "o Padre Cícero já está canonizado em seus corações").

Para quem não lembra do contexto, seria interessante dar uma lida em um artigo que saiu no Diário do Nordeste, no dia 31 de maio do ano em curso. Nele, o Jornal noticia que "Dom Panico entregou, no dia 30 de maio de 2006, uma exposição de motivos de 16 páginas em defesa do 'Padim'".
Cinco anos de silêncio. Nem mesmo, este ano, quando Juazeiro do Norte comemora o seu centenário de independência política, o Vaticano libera informações sobre o andamento do pedido de reabilitação do Padre Cícero.

Os documentos foram entregues ao cardeal Josef William Levado, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, no dia 30 de maio de 2006. O Diário do Nordeste acompanhou, com exclusividade, a viagem dos cearenses."A matéria foi assunto de repercussão nacional, veiculado no programa Fantástico, da Rede Globo, como pode ser visto no vídeo abaixo.

Poderia fazer uma perguntinha inocente: será que dessa vez vai...? Será que finalmente os romeiros e afilhados do Padre Cícero, assim como a população juazeirense, poderão ter a boa notícia de que o processo de reabilitação foi aceito — suponho que seja esse o termo: aceito! — para que a partir daí outros processos sejam desencadeados, para terminar com o que seria, na minha opinião, uma correção à punição que fora imposta não apenas ao Padre Cícero, mas à população da cidade, principalmente a da época em que o fato aconteceu, 1892, que sofreu juntamente com ele os efeitos das sanções aplicadas pelo Vaticano; e também a Beata Maria de Araújo, que fora marginalizada, e que dentre outras punições foi obrigada a se afastar dos cultos religiosos — sinceramente, para um fiel religioso não enxergo punição mais cruel, quando na realidade ela é que fora o meio através do qual o milagre se manifestou em terras juazeirenses — digo milagre porque o seu contrário não fora provado. Tendo se transformado em mais uma questão para a qual não se encontrou uma explicação racional.

Outra perguntinha inocente: e se não tivesse acontecido o milagre no interior de um Estado nordestino, cuja população era rotulada como um povo fanático... e se fosse em outro continente, só exemplificando, um qualquer como a Europa, será que a situação seria visto de outra forma?


Para ler o artigo do Diário do Nordeste, acesse
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=989611

Matéria veiculada pelo Fantástico
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