domingo, 9 de outubro de 2011

Dicas de filmes por Wendell Borges # 03

Filme: Lanterna Verde
Título original: Green Lantern
Direção:
Martin Campbell
Origem: EUA
Ano de lançamento: 2011
Duração: 114 min.

Comentário: Dirigido pelo Neozelandês Martin Campbell — responsável por filmes de ação como Limite Vertical e A Lenda do Zorro, além de ter dirigido dois filmes da série 007 — Lanterna Verde é o mais novo lançamento de um herói para as telas de cinema, e o resultado final soou apenas mediano. Com o orçamento beirando os 200 milhões de dólares, a produção não atraiu o público esperado e, segundo dados do site Box Office Mojo, arrecadou pouco mais de 219 milhões de dólares. Um fracasso de bilheteria, considerando que a produção para chegar ao lucro desejado teria de, no mínimo, alcançar o dobro dos gastos com a produção.

Lanterna Verde é um daqueles filmes que soam desengonçados. Os sete roteiristas que assinam a produção confirmam que o projeto sofreu para chegar ao seu resultado final. Apesar deste contratempo, o resultado não foi tão sofrível como outros projetos que tentam levar super-heróis às telas, e o filme consegue ter alguns momentos divertidos em meio à salada acachapante de efeitos especiais. O simpático elenco de atores — com destaque para Ryan Reynolds — ajuda a dar um verniz colorido à produção. Comparado com Thor — a enfadonha produção da Marvel, lançada em abril e que também lida com seres mitológicos —, Lanterna Verde se sai um pouco melhor.
Trailer:



Filme: Aniki-Bobó
Direção: Manoel de Oliveira
Origem: Portugal
Ano de lançamento: 1942
Duração: 71 min.
Filme visto dia 05/10/2011

"Anikibébé. Anikibóbó. Passarinho. Tótó. Berimbau. Cavaquinho. Salomão. Sacristão. Tu és polícia. Tu és ladrão."

Comentário:
Aniki-Bobó foi o primeiro longa-metragem de ficção do grande Manoel de Oliveira, o diretor português que é o mais velho do mundo ainda em atividade (ele nasceu em 11 de dezembro de 1908 e continua realizando seus filmes aos 102 anos de idade). A trama de Aniki-Bobó é uma singela história que narra as peripécias de Carlitos, um menino tímido e pobre que se apaixona por uma bela menina chamada Teresinha. Mas Carlitos não é o único apaixonado pela bela menina, um valentão chamado Eduardinho divide com aquele as atenções da jovem.

O filme foi muito mal recebido por vários críticos portugueses na época mas teve seu reconhecimento apontado anos mais tarde, e hoje é tido como um dos principais filmes da filmografia lusitana, sendo considerado por alguns críticos como o filme precursor do que futuramente seria chamado de Neo-Realismo Italiano. O diretor Manoel de Oliveira ficou 21 anos sem filmar após a realização de Aniki-Bobó. Apenas em 1972 ele regressou aos cinemas e de lá pra cá tem realizado um filme a cada dois ou três anos.

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Wendell Borges (um alucinado por tudo que envolve o cinema) é formado em Letras e mantém o blog Arquivo X de Cinema: arquivoxdecinema.blogspot.com .

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