terça-feira, 21 de agosto de 2012

'Raul: o início, o fim e o meio' que nunca termina nem se esgota

por Luís André Bezerra

Nesta semana em que se completam 23 anos da morte de Raul Seixas (ocorrida no dia 21 de agosto de 1989), será lançado o DVD do documentário Raul: o início, o fim e o meio, em três versões (simples, com DVD duplo e com DVDs + CD e livreto especial), prometendo uma boa dose de extras do que foi visto na telona. O documentário, dirigido por Walter Carvalho, estreou nos cinemas brasileiros em março deste ano e conseguiu levar às salas de projeção mais de 170 mil espectadores — o que para um documentário é considerado uma audiência extraordinária no nosso país.

Tive a sorte de saber da chegada (atrasada) do filme aos cinemas da minha cidade já aos 45 do segundo tempo e assisti à última sessão do último dia. Naturalmente terei opiniões (e apenas "minhas opiniões") "mais precisas" sobre o filme quando puder revê-lo no DVD, mas por ocasião dos 23 anos da despedida do Maluco Beleza, completados hoje, resolvi falar o que me empolgou e o que, de certa forma, deixou a desejar no filme.

Endosso a opinião (meio lugar-comum, porém honesta) emitida pelo diretor Walter Carvalho em uma entrevista, ao dizer que o documentário retrata apenas o "Raul Seixas construído por Walter Carvalho" e que um filme não esgotaria (e não esgotará, certamente) o que se tem pra falar do compositor de "Metamorfose Ambulante". Mas não deixa de decepcionar um pouco ver o filme (que possui tantas imagens raras do Raulzito e alguns ricos depoimentos) tropeçar em algumas escolhas do roteiro e/ou da montagem.

Talvez o "Raul Seixas segundo Walter Carvalho" tenha tentado passar demais a imagem de uma figura pública brasileira mais conhecida pelas polêmicas, excessos e envolvimento com as drogas do que necessariamente alguém que construiu uma carreira artística durante três décadas (anos 1960-70-80). Durante esse período de vivência de Raul Seixas no meio artístico, o Brasil teve mais de 20 anos de Ditadura Militar; a Tropicália (com outros baianos, e não o Raulzito) revirou a música brasileira no final dos anos 1960, estabelecendo uma nova relação da MPB com a música internacional; as paradas de sucesso do país deixaram de lado os festivais da canção para buscar o filão nas trilhas das novelas; a "invasão Disco" seguida (ou misturada) com o período da "invasão Punk" no final dos anos 70; a New Wave; a explosão do BRock nos anos 1980; o fim da ditadura militar, etc. E tudo isso parecia estar no universo de outro disco voador, porque no universo do "Raul Seixas de Walter Carvalho" não estava. Seria interessante debater como Raul se posicionou artisticamente pelo menos em alguns desses momentos históricos citados.

A minha expectativa era acompanhar, em um documentário tão badalado e bem divulgado, como se deu o desenvolvimento artístico de Raul Seixas nas mais variadas fases, quais as concepções na criação dos seus discos, etc. E infelizmente isso se perde no início do filme, que começa prometendo bastante na montagem, mas aos poucos vai ficando mais preguiçoso e deixando que as entrevistas (nem todas essenciais) puxem o fio da meada. É verdade que algumas entrevistas são muito boas, como a inevitável com Paulo Coelho (o mais famoso parceiro de Raul). O depoimento narra a difícil relação entre os compositores, enquanto é "premiado" com a presença de uma mosca, que "Dom Paulete" diz não ser comum aparecer na Suíça (onde aquilo estava sendo gravado): então ele chama a mosca de Raul, a deixa ficar por perto um instante, até que pouco depois Paulo Coelho habilmente atinge a mosca com um tapa e sorri — explicando muito mais da relação de amor e ódio entre os antigos parceiros com esse gesto do que poderia fazer com qualquer depoimento. E Walter Carvalho mais uma vez foi sincero e honesto, ao dizer que aquilo foi uma sorte de documentarista. Nada ensaiado: aconteceu e ele teve a "sorte" de estar filmando. A competência foi saber usar isso na montagem. E funcionou bem.

Mas afora os depoimentos que falam bastante do Raul Seixas pai-filho-irmão-drogado-compulsivo-complicado-inconstante, o "Raul artista" esboça ganhar algum espaço em falas como as de Caetano Veloso, Tárik de Souza e Pedro Bial, que comentam a música e a reação que tiveram ao acompanhar o início da trajetória daquele criador "irreverente" e ao mesmo tempo de uma "violência enorme", um cara que com "Ouro de Tolo" ganhava as paradas de sucesso sem a mídia saber se aquilo era cult ou brega (ou talvez como ele quisesse: as duas coisas). Caetano Veloso define como "genial", pega um violão e canta "Ouro de Tolo" — nessa hora "o compositor Raul Seixas" me convenceu que merecia mais espaço com suas músicas naquele filme, para talvez ele, melhor do que ninguém, pudesse contar/cantar sua trajetória.


Comunicação através das músicas

Ainda quando criança, o pequeno Raul tinha o sonho de ser diretor de cinema, então escrevia e desenhava roteiros (que são apresentados numa montagem interessante no início do filme), mas com o tempo conheceu o rock e acreditou que a canção poderia ser a arte por ele utilizada para se comunicar com o público. Interessado em filosofia, esoterismo e tantos outros assuntos que procurou ler, conhecer e se aprofundar (mesmo que fosse por um breve período e na sequência já saltasse em busca de outros interesses), definiu que a música seria um canal para a difusão das suas ideias. Creio que esse seria um bom argumento para deixar que as músicas "roteirizassem" mais o que circundava a sua vida, e não o contrário como optou o diretor do documentário: deixou que as pessoas ligadas à sua vida privada falassem e algumas (poucas) músicas ilustrassem o que estava sendo contado.

Talvez não precisasse, obviamente, chegar ao extremo do recente documentário A Música Segundo Tom Jobim, de Nelson Pereira dos Santos, que apresenta uma sucessão de números musicais do maestro da Bossa Nova. E nada de depoimentos, a música fala por si! Com Raul Seixas isso seria difícil, justamente pela interpenetração entre vida e obra, que comumente evoca causos na mesma medida em que aparecem versos das letras. O problema, a meu ver, é quando nessa balança vemos a obra ser reduzida a meras ilustrações e a um corpus tão restrito, como foi em Raul: o início, o fim e o meio, que parecia fazer do baiano um compositor de meia dúzia de sucessos e nada mais.


Documentar o conhecido ou o desconhecido?

Um mês após a estreia de Raul: o início, o fim e o meio, o diretor Walter Carvalho concedeu uma entrevista no programa Roda Viva, da TV Cultura, e confessou que praticamente tudo o que estava no filme ele acabou sabendo apenas durante a pesquisa e as filmagens. Também revelou que não partiu dele a ideia de documentar o Maluco Beleza, foi convidado para o projeto e só depois disso resolveu pesquisar e conhecer um pouco mais sobre o Raul (de quem gostava nos anos 1970, mas conhecendo basicamente algumas músicas, pois segundo ele, sua geração "gostava mesmo era de Chico e Caetano").

No aspecto fílmico (mais especificamente do documentário) acho que não deva existir uma regra de filmar apenas aquilo que se gosta ou o que já se conheça (muito menos o contrário disso: documentar apenas algo que vá aparecendo ao sabor dos ventos — e esforços — da pesquisa). Mas talvez o tempo que Walter Carvalho teve para conhecer a obra de Raul Seixas não tenha sido suficiente para deixá-lo familiarizado com algumas canções e discos que poderiam ilustrar mais (e melhor) a sua montagem.

Para ficar em alguns exemplos dos quais me lembro:

O nome "Raul": numa passagem do filme, um cover do compositor baiano mostra o filho, registrado pelo pai com o nome "Raul Seixas" contra a vontade da mãe do garoto, que depois dessa resolveu se mandar; a história é complementada com o relato do ator Daniel de Oliveira, que fala da escolha do nome de seu filho: Raul. O filme abre mão do que Raulzito mencionava (inclusive num verso da canção "Lua Cheia", de 1983), que "Luar é meu nome aos avessos / não tem fim nem começo...", se referindo ao fato de "Raul" ser anagrama da palavra "Luar". E essa analogia não fica por aí, pois era recorrente nas composições ele citar a lua, luar, eclipse (como nas canções "As aventuras de Raul Seixas na cidade de Thor", "Gita", "As Profecias", "Lua Bonita"), além das inúmeras letras que falam sobre a noite, o escuro e/ou seu(s) contraponto(s): o dia, a luz, o sol.

Postura política: não é raro associarem o compositor de "Ouro de Tolo" a alguém de postura crítica perante a política do país. O filme toca nesse ponto apenas de passagem rápida, ao falar do episódio em que Raul Seixas e Paulo Coelho (em 1974, devido à "Sociedade Alternativa") foram "convidados" pelo Governo Militar a deixar o Brasil. Então seguiram voo com suas respectivas esposas para os Estados Unidos e lá passaram um breve período, até Raul Seixas voltar devido o estrondoso sucesso que estava fazendo com a recém lançada canção "Gita" (fruto da parceria dos "exilados" e que rendeu um disco de ouro).

Fora isso, apenas pequenas frases em entrevistas demonstrando a irreverência com que Raul Seixas criticava a política brasileira. Mas em momento algum são mencionados os tantos versos na sua obra que o alinham com o pensamento anarquista, principalmente na linha do "individualismo" defendido pelos escritos de Proudhon. Como está mencionado no livro Raul Seixas: uma antologia, de Sylvio Passos e Toninho Buda, o discurso da voz que fala nas canções de Raul está muito afinado com a crítica a qualquer sistema de governo (o "Monstro Sist"), tendo por toda a sua obra uma série de versos em que assumia a desconfiança com instituições como Igreja, Governo e Polícia. Exemplos são faixas como "Quando acabar o maluco sou eu", "Mamãe eu não queria", "Cowboy Fora da Lei" e a mais escancarada de todas (ao mesmo tempo em que é a menos "levada a sério"): "Carimbador maluco".

A música do Plunct-Plact-Zum parte de um texto do Proudhon (ele mais uma vez!), no qual diz que "(ser governado) é ser guardado à vista (...), dirigido, legislado (...), registrado, selado, avaliado, rotulado...", termos proferidos na letra pelo "carimbador" (como se fosse um responsável por uma espécie de "Imprimatur"?) encarnado pelo próprio Raul Seixas, que decide o que pode e o que não pode — num show de ironia, como ele sabia fazer muito bem. E Raul Seixas levou isso para a tela da Rede Globo (ainda antes da abertura política), conquistou seu segundo disco de ouro e, para a criançada, proferiu uma mensagem anarquista. Episódio que foi omitido no filme, assim como o argumento de que um Raul esquecido pela mídia "se vendeu pra Globo", comentário que até hoje se escuta sobre aquela fase da sua carreira.

Outro ponto que merece menção é a opção pelo desbunde, maneira debochada com que alguns artistas da contracultura se posicionavam nas questões políticas, fazendo críticas sarcásticas e irônicas nos seus trabalhos. Os tropicalistas (Caetano, Gil, Tom Zé e cia.) e Raul Seixas compactuavam dessa mesma postura: nem alinhados com o Governo Militar nem adeptos da oposição feita pela esquerda da época.

E por falar em Tropicália e a virada da música brasileira no final dos anos 1960 e início dos 1970, o disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez merecia um destaque maior, pela reverência que existe para com o disco no meio artístico, já que o álbum gravado em 1971 por Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Miriam Batucada e Edy Star (sendo este último o único ainda vivo do grupo) é uma obra que merece maior destaque na revisão daquele período pós-tropicalista.

A morte de Raul Seixas: na última parte do filme o clima vai ficando pesado. A narrativa parece seguir o estado de definhamento, físico e criativo (?), de Raul. Drogas pesadas, bebidas, incapacidade de cumprir os (poucos) compromissos agendados. Uma leva de depoimentos relata a imagem degradante que tinha o compositor nos últimos anos de vida. Pena que mais uma vez o deconhecimento(?) da obra de Raul Seixas tenha impedido Walter Carvalho de lançar mão de várias composições de Raulzito que falam sobre morte, drogas, mistério(s) da vida: "Paranoia II", "Dona Persona", "Caminhos I e II", "Canceriano sem lar", "Check-up", "Não quero mais andar na contramão" e, escancaradamente, "Cavalos calados", do disco A Pedra do Gênesis, de 1988 ("o meu pulso não pulsou / (...) a minha morte aparente / (...) acordo semi-lúcido, entre a morte e a morte" e por aí vai) são alguns dos exemplos.

E o diretor fez a opção por ilustrar o episódio de sua morte principalmente com a canção "Canto para minha morte", que abre o disco Há dez mil anos atrás, de 1976. Recorreu a uma entrevista concedida por Raul a Nelson Motta, à época do lançamento do álbum. No vídeo Raul Seixas explica como ele encara a morte (recitando "venha mas demore a chegar..."). O problema é que fórmula parecida já havia sido utilizada no "mini-documentário-homenagem" Documento, de 1998, que lança mão dessa fala de Raul e depois cruza seu discurso e a letra da música com imagens do seu velório. Ao assistir foi inevitável a sensação de Déjà vu.

O disco A Panela do Diabo: esse álbum gravado por Raul Seixas e Marcelo Nova entrou no filme contextualizado pela série de shows realizados pelo ex-vocalista do Camisa de Vênus ao lado do seu velho ídolo. Os dois baianos roqueiros fizeram uma parceria, viajaram pelo país fazendo shows e acabaram por gravar o disco. Esse aspecto foi até bem inserido, buscando resgatar da época a sensação do que se tratava aquela parceria: uma chance de renascimento para Raul Seixas ou um calote do Marceleza, se aproveitando do nome de Raul e não respeitando sua debilidade física?

Se há méritos nesse trecho (ilustrados pelas falas de Caetano Veloso, ex-esposas e do próprio Marcelo Nova) também cito que faltou ser mencionado que o disco foi lançado na semana da morte de Raul Seixas. Outra ponte poderia ser feita com a parte em que falam da aproximação de Raul Seixas, Paulo Coelho, Toninho Buda e toda uma turma que "simpatizava" com um "diabo" sem ser o diabo pregado, desenhado e exorcizado pela Igreja (essa foi uma das boas sequências do filme e dialogou bem com a música "Rock do diabo"). O título A Panela do Diabo é sugestivo demais, além do disco estar repleto de canções que falam de morte e despedida (apesar de também ter várias faixas irreverentes, o que seria inevitável num fruto de tal parceria). E curiosamente as tais "músicas de despedida" só chegaram aos ouvidos dos fãs quando Raul Seixas já havia morrido.


Em um teatro nos anos 1970

Para não ficar apenas batendo na tecla de que há falhas e de que o documentário poderia ser melhor, quero encerrar falando de coisas que vale(ra)m muito a pena.

As imagens de arquivo são sensacionais: o reencontro entre Raul Seixas e Paulo Coelho poucos meses antes da morte do Maluco Beleza; cenas dos bastidores da turnê com Marcelo Nova; imagens das gravações de faixas como "Mosca na Sopa", nos anos 70; imagens da cidade de Salvador, dos locais onde Raul Seixas começou a curtir rock e fundou o fã-clube de Elvis Presley com o amigo Waldir Serrão; a fazenda do parceiro Claudio Roberto, onde Raul compôs várias músicas conhecidas na segunda metade dos anos 1970, entre elas "Maluco Beleza" e "O dia em que a Terra parou"; a presença inevitável do Sylvio Passos (presidente do Raul Rock Club), que era amigo do seu ídolo e um dos maiores responsáveis pela divulgação da obra de Raul após sua partida em 1989; o encontro dos ex-integrantes do Raulzito E Os Panteras; e o aparecimento do neto de Raul Seixas, filho da sua segunda filha, Scarlet, que mora nos Estados Unidos: o sonho de Raul Seixas era ter um filho homem, mas acabou tendo três filhas, o neto parece preencher um pouco desse sonho e impressiona o quanto lembra o avô quando jovem.

Mas acho que o que mais me impressionou positivamente foi ver e ouvir algumas apresentações ao vivo de Raul Seixas nos anos 70, como quando ele canta "Let me sing, Let me sing" e "Loteria da Babilônia" no Phono 73. Essa imagem há tempos já perdeu o status de raridade (pode ser encontrada facilmente na internet), mas ver e escutar aquilo na sala de cinema, com um som alto e impactante, passou um pouco da ideia do que era acompanhar um show de Raul Seixas no seu auge criativo (na primeira metade dos anos 1970). Isso foi potencializado pelo depoimento de Pedro Bial, quando conta que foi dezenas de vezes ao teatro assistir ao show de Raul Seixas no auge de seu sucesso. E relata aquilo como sendo um grande espetáculo, declarando que Raul era "vômito" (no melhor sentido da palavra!). O som que chega aos nossos ouvidos passa uma ideia do que era tudo aquilo. Extraordinário!

Obviamente que neste texto estão apenas minhas (humildes) impressões — e pareci mais sugerir um outro roteiro do que fazer uma crítica decente do filme. Afinal de contas, lembremos, o filme foi/é um sucesso:

Muita gente deve ter adorado os depoimentos (emocionantes e emocionados) das duas filhas mais novas (a mais velha contou ter tido pouco contato e não sentia nada pelo pai); as falas de quatro das cinco ex-esposas (a primeira, Edith Wisner, avisou via Skype que se recusava a falar sobre o cantor, alegando que ele traz lembranças ruins) que mostram um Raul companheiro e carinhoso, mas também infiel e inconstante nas relações amorosas; a emoção da empregada/secretária que tenta voltar, mais de 20 anos depois, ao apartamento onde encontrou Raul Seixas morto na manhã de 21 de agosto de 1989 (a emoção a faz voltar da porta do elevador e suas lágrimas ganham destaque na tela); o rosto de Raul Seixas no caixão, com algodão nas narinas; a grande comoção no seu velório, etc.

Tudo isso certamente agrada a um grande público, que talvez nunca tenha ouvido a música "Caroço de Manga" e se interesse mais pela figura polêmica de Raul Seixas e toda a aura de "maluco" que cerca a sua vida do que exatamente seus discos, suas composições. E o filme foi bem sucedido nesse intuito: consegue mostrar com competência um personagem curioso, cativante, que acaba conquistando muitos admiradores até hoje, 23 anos após a sua morte. Mas para quem esperava um "documentário sobre um cantor e compositor", ainda fica a esperança de que surjam novos filmes, novos olhares e ouvidos.

Duas horas de filme valeram a pena e certamente vou adquirir meu DVD, mas o assunto não se esgota e ainda há de surgir um Raul Seixas documentado que tenha a sua música, acima de tudo, dizendo o que ele queria dizer. Como cantou um dia o próprio Raul, "os homens passam, as músicas ficam".
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Teaser de Raul: o início, o fim e o meio:

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